sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Nokia e RIM de olho nos desenvolvedores.


Desenvolvimento Nokia e RIM

 
A Nokia e a RIM estão apostando em desenvolvedores e consumidores jovens para reavivar suas plataformas.

Prova disso está na troca da área de expositores na Campus Party Brasil 2012 – onde as empresas geralmente coabitam – pela arena de “campuseiros”, onde ficam próximas do seu público-alvo.

Vestindo camisetas com o mote “Quer ser um programador Windows Mobile? Pergunte-me como”, promotores da Nokia tentam atrair a gurizadinha.

Brindes na Nokia
 
Cubo mágico, computadores com softwares de desenvolvimento e camisetas são as armas da finlandesa, parceira da Microsoft desde o ano passado, após um acordo que custou o foco no Symbian e a cabeça do Meego – plataformas desenvolvidas pela marca.

A grande aposta, o Windows Phone, divide as opiniões dos caçadores de brindes da feira.

“Eu quero muito programar para Windows (mobile). Uma porque a parceira é a Nokia, a líder. Outra, porque é a Microsoft”, diz Helder Fernandes, de 23 anos, que estuda Sistemas de Informação em Minas Gerais.

Luiz Paulo da Silva, 21 anos e conterrâneo de Fernandes, já prefere as plataformas mais populares Android e iOS.

“O Windows Phone ainda não é uma realidade de mercado no Brasil”, resume Silva.

Brindes na RIM
 
Na mesma estratégia da Noklia, a Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, fincou pé na arena com demonstrações de produtos como smartphones e o tablet Playbook, além de bandana, adesivos e palestras.

Desde o lançamento da plataforma QNX, do tablet, a RIM tem se esforçado para recrutar.

Conhecido pela exigência em segurança – o Playbook foi certificado pelo governo norte-americano como um dos mais seguros – a plataforma não é tão simples de se programar quanto Android e o iOS (Apple).

Aposta no Android
 
A RIM, como os concorrentes, disponibiliza um SDK (kit de desenvolvimento), mas fica de olho nas validações de segurança.

Recentemente, a empresa canadense apostou num sistema de emulação dos aplicativos do Android para o Playbook. Os apps do Android Market são analisados pela empresa. Depois, o próprio servidor da RIM os emula e disponibiliza na loja do tablet.

Pode ser um jeito de driblar as dificuldades, dos desenvolvedores, e da RIM.

Independente da exigência, a empresa incluiu na programação da Campus Party palestras sobre o desenvolvimento de aplicativos para o tablet.

“É a aposta certa, o tablet tem uma resposta muito rápida e muito boa”, disse Leonardo Pinheiro, 30 anos, de Guarulhos, que prefere ser conhecido como @buribu.

Já a estudante de Informática carioca Iris Costa Farias, 20 anos, não se impressionou muito: “vim só pra pegar o brinde”.

Desenvolvedores para sair do marasmo
 
De acordo com os últimos números do mercado mobile divulgados pela consultoria Gartner, Nokia e RIM tiveram as maiores quedas na participação de mercado do terceiro trimestre de 2011, com respectivamente  19,4 e 4,4 pontos percentuais perdidos frente ao mesmo período do ano anterior.

Enquanto isso, o Android dobrou o share no mercado móvel.

“O Android se beneficia de uma concorrência fraca e da falta de novos aparelhos que empolguem o mercado por outras marcas”, avalia Roberta Cozza, analista sênior de pesquisas do Gartner.

Nada melhor para agitar a plataforma do que apostar em aplicativos.

O mercado, que ganhou força a partir do lançamento do iPhone, e sua respectiva App Store, há cerca de quatro anos, deve chegar a US$ 25 bilhões em 2015, segundo a Markets and Markets.

Em 2009, a cifra era de US$ 4,5 bilhões.

Para 2011, diz o Gartner, a expectativa era de 17,7 bilhões de downloads, movimentando US$ 15 bilhões.

Hoje, o número estimado de desenvolvedores cadastrados é de 880 mil em todo o mundo.

Postado pelo Léo Symbian às 11:31h do dia 10/02/2012

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