Symbian somente no Brasil?
"Nós estamos falando um bocado do futuro da Nokia depois da parceria com a Microsoft anunciada há duas semanas. Parece que todo mundo sabe que os melhores celulares da empresa daqui a alguns meses virão com o Windows Phone e que o Symbian está morrendo. Mas “todo mundo” é muita gente. E a verdade é que a enorme maioria dos consumidores nem sabe do que estamos discutindo. E a Nokia fica feliz com isso.
Hoje, em meio ao anúncio da transferência da sede latino-americano da empresa de Miami para São Paulo, o presidente da empresa no Brasil, Almir Narcizo, contou uma história para refletir o argumento pró-Symbian. (…)
De certo modo os finlandeses estão certos: temos que botar os pés no chão e ver que o grande público não se importa com a guerra de sistemas operacionais. Se o aparelho tirar foto, mandar SMS e checar de vez em quando o e-mail/redes sociais, tá bom demais para o consumidor padrão do Brasil, que paga em média de 75 a 85 dólares por celular. E os Nokia que fazem isso a um preço decente se dão bem no País – fora do público ultrageek, a marca ainda tem enorme simpatia. Então o discurso por enquanto faz sentido.
Mas ficar tanto tempo fora do mercado de alto nível, reforçar demais a aposta na base da pirâmide de consumidores, pode ser bonito e nobre no discurso, mas é arriscado. A lucratividade da empresa em cada aparelho vendido hoje é pequena e há uma pressão cada vez maior da concorrência chinesa nos aparelhos low-end e de outras marcas no mid-end, em especial a Samsung, que declarou há poucos dias que é a maior vendedora de celulares do Brasil (dado que a Nokia contesta).
A postura da empresa pode ser reconfortante para quem comprou um Symbian recentemente e para os varejistas (“continuem vendendo nossos Symbians, ninguém sabe do que se trata!”). Mas ontem o valor das ações da Nokia negociados na Bolsa de Helsinque atingiram o menor valor em 12 anos. A paciência dos acionistas – e a ignorância do consumidor médio – tem limite. É bom para todo mundo que o “longo prazo” de Savander seja o mais curto possível.(via gizmodo.com.br)"
Hoje, em meio ao anúncio da transferência da sede latino-americano da empresa de Miami para São Paulo, o presidente da empresa no Brasil, Almir Narcizo, contou uma história para refletir o argumento pró-Symbian. (…)
De certo modo os finlandeses estão certos: temos que botar os pés no chão e ver que o grande público não se importa com a guerra de sistemas operacionais. Se o aparelho tirar foto, mandar SMS e checar de vez em quando o e-mail/redes sociais, tá bom demais para o consumidor padrão do Brasil, que paga em média de 75 a 85 dólares por celular. E os Nokia que fazem isso a um preço decente se dão bem no País – fora do público ultrageek, a marca ainda tem enorme simpatia. Então o discurso por enquanto faz sentido.
Mas ficar tanto tempo fora do mercado de alto nível, reforçar demais a aposta na base da pirâmide de consumidores, pode ser bonito e nobre no discurso, mas é arriscado. A lucratividade da empresa em cada aparelho vendido hoje é pequena e há uma pressão cada vez maior da concorrência chinesa nos aparelhos low-end e de outras marcas no mid-end, em especial a Samsung, que declarou há poucos dias que é a maior vendedora de celulares do Brasil (dado que a Nokia contesta).
A postura da empresa pode ser reconfortante para quem comprou um Symbian recentemente e para os varejistas (“continuem vendendo nossos Symbians, ninguém sabe do que se trata!”). Mas ontem o valor das ações da Nokia negociados na Bolsa de Helsinque atingiram o menor valor em 12 anos. A paciência dos acionistas – e a ignorância do consumidor médio – tem limite. É bom para todo mundo que o “longo prazo” de Savander seja o mais curto possível.(via gizmodo.com.br)"
Postado pelo Léo Symbian às 21:05h do dia 27/02/2011
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